quinta-feira, 16 de junho de 2011

Por que eu creio em Deus?


Minha fé e minhas convicções religiosas estão hoje mais fortes do que nunca.
É incrível como, hoje, minha maneira de expressar amor e adoração a Deus divergem dos meus primeiros passos no cristianismo! E devo dizer que me sinto muito melhor! Minha relação com Deus é algo do qual eu gosto de falar, que não me traz vergonha, constrangimento ou sentimento de obrigação.
Mas nem sempre foi assim! Muitos dogmas cridos por mim no passado tornaram bem difícil e pesado o vivenciar e o meu desenvolver na fé em Deus!
À medida que vamos caminhando no conhecimento acerca de Deus, nossa perspectiva vai mudando e nosso relacionamento com Deus também. Hoje eu sei que Ele não muda! Ele permanece o que sempre foi em Sua essência! Mas nós, sim!
Houve época em que Deus era juiz para mim, Sempre proibindo e vigiando-me. "os olhos do Senhor estão em todo lugar" era um trecho da Bíblia que me causava medo! Hoje é tão bom saber que Ele está em todo lugar; e que Seus olhos nunca se desviam de mim! Assim, sei que posso descansar! E que por onde for, nunca estarei sozinha.
Houve um tempo em que não entendia como Deus não cumpria em minha vida os meus sonhos, os meus planos! Eu acreditava que, por fazer tudo conforme as regras, eu merecia e seria sempre recompensada pelo meu "bom comportamento". Demorou; mas aprendi, que os sonhos de Deus são muito melhores do que os meus! E que as coisas que Ele preparou para mim, são além do que eu tenha pensado, visto ou ouvido falar.

Já vivi a fase em que Deus me parecia distante e que deixava o mundo correr sem intervenções, sem controle!
Já acreditei também que Deus era um ditador, que ao traçar de ante-mão o que ia me acontecer; não me restava alternativas. (Essa fase foi difícil). Já que não adiantava eu fazer meus próprios planos e que tudo dependia dele mesmo, parei de sonhar! Murchei, definhei, desisti! Por muito tempo não sonhei, não busquei, não plantei. Nada ganhei! Nada colhi! Aos poucos percebi, que estacionar não era alternativa. Que Deus me criara como um ser pensante, com livre-arbítrio destinado à agir, viver plenamente e aproveitar cada oportunidade que aparecesse, plantando bons frutos para meu futuro.

Por certo período da minha vida; vivi uma relação intelectual com um deus histórico e teológico; e mergulhei nos livros de exegese, grego, e história da igreja. Não creio que esse período tenha sido mal; na verdade aprendi muito e pude compreender mais sobre o plano de Deus para a humanidade. No entanto, hoje acredito que devo viver em relacionamento íntimo e pessoal com Deus. Acredito que esse Deus Criador, o Deus de Israel, dos judeus, o Deus dos livros da Bíblia quer que eu conheça mais sobre Ele, mas que eu aprenda sobre Ele coisas que não estão nos livros; coisas que só vou descobrir andando com Ele dia após dia. Isso é religião: Relacionamento!!

Por algum tempo, entendi que devia ser perfeita. Acreditava que quem seguia a Deus não podia errar, não teria problemas, nada de tristeza, nada de decepções. Tudo alegria! Nada de reclamar, ou entristecer com algo que deu errado. Devia sempre me apresentar perante Deus da maneira mais "direitinha" possível! Minha noção de Deus estava errada. Descobri que meu Deus me vê o tempo todo como eu sou. Que desde o ventre da minha mãe me conhece e que sabe muito bem as minhas fraquezas e problemas. Aprendi que não preciso me maquiar pra aproximar-me de Deus. Ele sabe que eu sou pó, frágil, sujeito a dores. O que preciso fazer é ser eu mesma, assumir minhas falhas e dificuldades e pedir ajuda a Ele. Hoje entendo que não devo ter medo de dizer alguma cosia pra Deus. Posso abrir o meu coração e contar minhas mágoas, tristezas e decepções. Posso dizer o que estou senntindo sem disfarces e confiar que Ele é especialista em pessoas. Criou todas elas, sabe bem como funcionam por dentro e tem uma maneira perfeita de consertar eventuais defeitos internos.

Houve também o período do misticismo. Mãos levantadas, joelhos dobrados, ritualismos e ativismo religioso. Não me sentia santa o suficiente, adoradora o bastante se essas coisas não fizessem parte do meu relacionamento com Deus. Mãos levantadas e joelhos dobrados são manifestações exteriores que devem ser precedidas e regidas por um coração contrito e rendido a Deus. O culto coletivo a Deus não deve ser regido por ritualismos vazios, mas deve ser sim, um conjunto de práticas que expressam o interior dependente de Deus.
Aos poucos fui aprendendo o conceito de liberdade aplicado à adoração a Deus e ao meu relacionamento com Ele. Como foi para a liberdade que Ele nos libertou, não devemos voltar à agir como escravos. Nossas ações nos cultos públicos devem ser motivadas e dirigidas por Deus. Não posso e não devo fazer nada por constrangimento, por fingimento ou sem entender o que estou fazendo! Hoje, me sinto em paz para celebrar a minha liberdade cristã e em paz para adorar a Deus, expressar minha fé e manifestar o meu amor por Ele.

Provavelmente ainda aprenderei muitas outras coisas sobre Deus! Talvez alguns conceitos ainda mudem ou surjam novos.
Como diz o versículo: Quão profunda riqueza é o saber e o conhecer de Deus..... Deus é infinitamente maior do que podemos imaginar. Seu poder, sua maneira de relacionar-se com os homens e de lidar com o mundo físico vai além de qualquer coisa que possamos comparar. E hoje eu sei que Ele quer se revelar; Ele quer que o conheçamos, que o experimentemos e que por relacionar-se com Ele, sejamos cada vez mais parecidos com Ele.
É uma pena que muitas pessoas não se interessem em descobrir tal tesouro.
É um privilégio ter acesso a tamanha grandeza!

E você? Em que tipo de Deus você crê?

Ass: Sal, procurando cada vez mais desfrutar da presença de Deus!

sábado, 11 de junho de 2011

PASTORES E OVELHAS

No sentido literal, um “pastor” é alguém que cuida dos rebanhos de ovelhas.
Uma das mais antigas profissões do mundo, na Bíblia, aparece pela primeira vez em Gênesis 4:2 ao referir-se à ocupação de Abel.
Era uma profissão fatigante, cujas funções incluíam encontrar erva e água para o rebanho, geralmente em regiões secas, pedregosas e longe de sua morada.
Além da proteção do rebanho contra animais ferozes, exigia-se do pastor restituição por qualquer ovelha perdida, a menos que pudesse assegurar que o ocorrido estivera terminantemente fora de seu controle e previsão. As implicações desse trabalho exigiam que o pastor fosse forte, dedicado, destemido e abnegado.

No Novo Testamento, o termo “pastor” aparece em Ef. 4:11 como um dos dons espirituais concedidos à igreja para sua edificação. O dom de pastor é a capacidade especial que Deus concede a alguns membros do corpo de Cristo, que os capacita a assumir a responsabilidade pelo bem espiritual de um grupo de cristãos. Quem possui esse dom tem prazer em orientar o povo; tem amor especial pela vida humana; sente tristeza quando alguém está falhando na vida cristã; considera como primordial a alimentação e proteção do rebanho; ocupa-se em orientar o povo de Deus quanto ao caminho a seguir no dia-a-dia e em aconselhar pessoas que estão confusas ou precisando de direção.

Devido à complexidade do ofício pastoral a existência de mais de um pastor é comum e necessária em muitas igrejas. Assim, o dom pastoral combinado com outros dons, tais como, governo, profecia, fé, misericórdia e ensino; permite que homens e mulheres exerçam atividades que abrangem o trabalho com diversas faixas etárias; treinamento de cooperadores; liderança de grupos familiares; evangelismo e entrosamento de novos cristãos; aconselhamento, exortação, ensino da palavra bíblica e visitação, entre outros.

É sabido que nem todo pastor será mestre e outro talvez tenha dificuldade em se expressar. Mas, todo pastor deve apresentar essencialmente dedicação, amor, compaixão e preocupação com o aperfeiçoamento dos santos.

Deus confiou ao pastor uma pesada tarefa que deve ser exercida de boa vontade, espontaneamente, não por constrangimento e sem ganância (I Pe 5:2); e a quem o Senhor adverte quanto à responsabilidade para com o rebanho e sobre o castigo pelo exercício inadequado e displicente do ofício pastoral( Jr. 23:1,2).


É importante que a igreja, o corpo de Cristo, reconheça a importância e a complexidade da função pastoral (I Tes. 5: 12,13) e não só no dia em que a denominação presta homenagem aos pastores, como também em todos os outros dias do ano; cada um de nós, como ovelha, aja com brandura, obediência e submissão aos pastores sobre nós colocados por Deus (Jr. 23:4), permitindo assim que exerçam o seu ministério com alegria e não gemendo (Hb. 13:17), sabendo que disso daremos conta ao Senhor!


Queridos pastores e pastoras: “sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é em vão” (I Co. 15:58). Aguardem e descansem na provisão do Supremo Pastor, nosso Senhor, que “tem cuidado de vós”(I Pe 5:7), sabendo que quando Ele se manifestar, recebereis a imarcescível coroa de glória! (I Pe. 5:4)

Que Deus os abençoe e faça frutificar o vosso ministério, para a glória do nosso Deus!

Ass: Sal, hoje buscando ser uma ovelha que a cada dia cresce saudável ouivndo a voz do Supremo Pastor! ...

*Texto aqui, na intega, produzido para impressão no boletim semanal da IBR; posto em circulação no dia 12/06/2011/ Impresso no boletim com redução e adaptações.

domingo, 5 de junho de 2011

E tudo vai bem..

Por que será que às vezes a gente cisma e acha que a vida tá uma droga?
Ai!! Cada coisinha boba que vai tornando o dia uma chatice. E aí, a gente logo conclui: Tá tudo ruim... Minha vida não presta. Ninguém me ama; ninguém me quer! rsrsrsrs Dramaticidade total!!
Na verdade, tem dias que a gente reclama de tudo, né?!?! Nada está bom! O engarrafamento está quilométrico, o ônibus atrasa, a gente tropeça num buraco na rua, o sinal de trânsito demora pra abrir, o amigo fala algo desagradável...
O sujeito do andar de cima resolveu fazer um festão até tarde e o som rolou alto a madrugada toda...
Alguém de quem você gosta ou por quem tem admiração ou respeito simplesmente ignora você ao encontrá-lo: passou e não deu bom dia...


E é assim: pequeninas coisas vão minando nossas forças e retirando nossa energia:





Seu filho de quatro anos insiste na existência de um monstro laranja pendurado no lustre do quarto e chama seu nome 'trocentas' vezes antes de adormecer, sem se dar conta de que você precisa levantar muuuuiiito cedo no dia seguinte pra trabalhar.... ou o do meio teima em provocar a irmã mais velha...
Você deixou o leite derramar ou chegou na padaria sonhando com aquele super e delicioso capuccino que já é de praxe e putz.. a máquina quebrou: aff(essa é difícil de superar.. rsrs) ... e tem também o trocador do ônibus que tava super mal-humorado.... 
Aff.. 'coisinhas'... 'coisitas'... 'coiserinhas'... = Pequenos acontecimentos do dia a dia e você vai se irritando, chateando, stressando....


E aí? E aí; que a gente decide o que vai atingir a gente ou não.
Não dá pra controlar os sentimentos ou ações das outras pessoas. Sabe lá o que o tal vizinho mal-educado passou no dia, ou qual o problema que o trocador do ônibus vem enfrentando na família?

 

Você é o único responsável pelas suas reações aos estímulos externos que chegam até você.
Você escolhe acolher ou não as coisas ruins que querem lhe atingir.
Mas acho mesmo é que a maioria de nós ao invés de se concentrar nas coisas boas da vida, absorve e acumula dentro de si muito mais coisas ruins do que agradáveis.

Além da falta de filtro de alguns de nós, precisamos considerar também que vivemos em um tempo caracterizado pela extrema especialização.
Cada área do ser humano é foco de estudo de um profissional diferente.
Meu Deus!! Tem um carinha que se especializou no dedinho mindinho do pé. rsrsrs
E por aí vai; A vida vai se fragmentando em tantos pequenos pedaços que tudo fica mais complexo, difícil, complicado. É vida sentimental, pessoal, financeira, afetiva, familiar, eclesiástica, profissional, sexual e poderíamos citar muitas outras áreas ainda.
E não podemos esquecer as inúmeras funções e papéis que cada um de nós desempenha ou tenta heroicamente desempenhar dia após dia!

Mas daí vêm os poréns.......  Pra dizer que tá tudo bem.. inventamos tantos critérios(tantas categorias) a serem preenchidos e avaliados que vamos mesmo acabar concluindo que não estamos bem!!
É muitas vezes assim: Se em alguma área não estamos bem, ficamos arrasados.

O ser humano é mesmo muito complexo, né?!?!
Que bom! Eu acredito que foi Deus quem nos fez! E Ele 'teve as manhas" como dizíamos em nossa época de adolescente! srsrs Ele criou uma máquina muito complexa que funciona de uma maneira incrível!

E aí??? A verdade é que se você quizer: tudo vai bem!

Precisamos ser agradecidos!
Precisamos aprender a valorizar o que está bom e a dar o real valor às coisas que realmente importam.
Precisamos, na verdade, aprender a dar o valor devido a cada coisa, a cada instante que vivemos.
Como diz Djavan na "Carta": "Não vá levar tudo tão a sério... deixa rolar.... Não vá levar tudo tão na boa....lute para obter o melhor!" Isso é equilíbrio!
E quem não quer vida assim!?
Viver "na paz"!
                           Contentamento interior que faz bem total para o exterior!
Saúde mental e física!

E tudo vai bem...  
Eu só preciso:
Que todos os meus eus saibam sentir-se inteiros e completos, mesmo quando algo faltar!
Que o que faltar não seja razão de parar...
Que o que sobrar não seja razão para tropeçar...


Ass: Sal; que está aprendendo que, na verdade: tudo vai muito bem...