sábado, 30 de janeiro de 2010

Autista, eu? Não; apenas humana!

De acordo com a Wikipédia. o autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente — segundo as normas que regulam essas respostas.

Pois bem. Recentemente, durante uma viagem a trabalho reencontrei antigos colegas de escola. Entre batatas fritas e sucos de laranja, colocamos a conversa em dia, rimos e nos consolamos mutuamente.

Um dos meus colegas partilhou ente risos e lágrimas o término de seu relacionamento amoroso. Em meio a um misto de indignação e humor, ele contou-nos que sua ex-namorada terminou acusando-o de insensível, grosseiro e.. autista! Autista?? - indagou o colega, estupefato.  -Sim! disse ela. - Você vive no seu próprio mundo e não deixa ninguém entrar. 

Fim de história, relacionamento terminado, prognóstico lançado; fim da noite e fui embora pro hotel...

No outro dia cedo, embarquei no ônibus de volta pra minha cidade, mas o rótulo imposto pela ex-namorada não me saía da cabeça. A verdade é que fiquei com a pulga atrás da orelha e resolvi "dar um google" sobre o autismo. Entre comportamentos ritualísticos, inflexibilidade nas rotinas ou rituais, padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades; descobri que na verdade, muitos autistas não são muito diferentes de pessoas tidas como normais: possuem hábitos consolidados, reagem com dificuldade a situações que os desagradam, possuem manias e preferências(wikpedia).

Aí me achei! rsrsrs
Quando ouvi o relato do colega; me identifiquei  e me "culpei" com a descrição feita pela ex-namorada.
Sabe? Gosto do meu mundo, de ter as minhas coisas, do meu espaço. Tem dias(muitos dias) que não quero ver ninguém, falar com ninguém. Nesses dias, evito falar ao telefone, me irrita responder à mais simples das perguntas e se sou obrigada, por força do trabalho, a sair de casa; finjo-me de morta.
No geral, odeio dividir meu sanduíche ou meu pedaço de pizza; evito me aprofundar nos relacionamentos e reajo com dificuldades a situações que me desagradam.

Enfim, transtornos psicológicos à parte, tenho o meu mundo! Às vezes saio e dou umas voltinhas por aí.. mas volto logo pro meu mundinho!
Autista; eu? Não! Descobri que sou apenas apenas humana!

Ass: Sal, daqui de dentro do meu mundo! Quem sabe um dia eu saio?

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Esperança do fundo do baú...


Hoje, à procura de papéis perdidos, me peguei remexendo em um baú antigo.
Fotos, bilhetinhos, boletins do ginásio e agendas e diários da fase dourada da adolescência saltaram pra fora e provocaram um misto de saudade, vergonha e alegria.








Ler meus escritos de adolescente foi emocionante e estranho.

Me surpreendi ante a riqueza de detalhes utilizada para descrever a maioria dos acontecimentos.






Papéis de carta e embalagens de bombons saltaram das páginas das agendas e trouxeram à memória um tempo maravilhoso.

 Cada viagem, cada conversa, cada briga, cada decepção, cada nova amizade fielmente retratadas em páginas cuidadosamente rebordadas por corações, estrelas, florzinhas e outras figuras do gênero.





Incrível como dei importância e chorei pela desentendimento com uma amiga.
Fantásticas a emoção e a expectativa descritas na espera do meu primeiro instrumento.
Tristeza pela morte de um parente.
Comoção pela partida de parentes queridos para outro país.






Me emocionei ao ver minhas primeiras orações rabiscadas no papel.
Meus sonhos de menina, meus anseios e desejos confiadamente esboçados e endereçadas a Deus.




                                             
  Revivi sonhos, paixões, festas e viagens.
Rememorei fatos, abraços e encontros.
Relembrei amigos, professores e colegas.





Reviver minhas histórias através das agendas e dos diários me fez lembrar e agradecer a Deus por tudo quanto já vivi. As coisas não estão legais agora; mas já pude curtir muito e aproveitei muito cada momento! Ler minhas frustrações do passado e também as alegrias me fez relembrar que tudo passa; nada é pra sempre.



Do fundo do meu baú de lembranças brotou principalmente esperança.
Assim, como houve momentos em que eu chorei e sofri, mas por fim sobrevivi e as circunstâncias mudaram; hoje também posso acreditar que as nuvens negras vão passar e tudo vai melhorar!

No fim, vou ter que arranjar mais báu pra guardar as lembranças de agora.... as boas e as ruins!!



Ass: Sal, a dona dos diários e das agendas!


Daqui pra frente.........

O que eu quero é...


Aprender a dizer não.
Respeitar meus limites.
Respeitar mais os limites das pessoas.





Rir mais de mim mesma.
Ser mais generosa.
Ser mais misericordiosa.
Aprender a dar e a receber perdão.


Preocupar menos em agradar aos outros.
Ter menos medo de errar.
Ser mais agradecida.
Sonhar mais.




Expor mais minhas idéias.
Ser mais persistente.
Ter menos medo de críticas.
Procurar viver um dia de cada vez.
Cuidar melhor da minha aparência.



Plantar com sabedoria os frutos de um futuro melhor.
Cuidar melhor das amizades e da família.
Arriscar mais.
Ser mais autêntica.





Envolver mais porfundamente com as pessoas.
Valorizar e curtir as coisas simples da vida.
Curtir ficar sozinha e gostar da minha própria companhia.
Aproveitar melhor as oportunidades de lazer e diversão que surgirem.






..enfim... daqui pra frente, quero ser feliz!! rsrs
Ass: Sal








sábado, 23 de janeiro de 2010

O que faz sangrar e doer...


Fácil foi romper o compromisso, largar os pertences, esquecer os momentos passados...
Simples enfrentar a família, os amigos, a religião...
Não doeu tanto ao abandono, não magoou muito a rejeição...
Por alguns instantes pensei: pouco estrago fez a separação...

Mas, faltou dinheiro, sobrou dívida...,
Sem grana, sem casa, sem quarto,...
Sem poupança, sem bens a repartir, nada de lucro...
Me consolei dizendo: O material passa; é tudo bem perecível...

Mas, não se passa por um vendaval ileso...
Autoconfiança abalada, auto-estica afetada...
Sobreveio humilhação, faltou identidade...
Ainda assim me instruí: O imaterial é trabalhável, reconstruível...

Mas o bem mais precioso, disputado e muito amado...
Prova falante visível, lembrança não apagável é a criança...
Frágil, pequenina, ingênua e indefesa:
Me faz temer, e tremer.
Essa sim; me faz sangrar e doer...


Ass:
Sal, que longe da criança; sangra e dói.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

...Enquanto os momentos ruins não passam...

De repente a vida lhe dá uma rasteira e você se vê sem rumo, sem lenço e sem documento.. rsrs
Ok! não vamos dramatizar muito...  Mas, a verdade é que as coisas, por algum tempo parecem difíceis pra você. Suas referências, seus valores, certas coisas nas quais você acreditou durante muito tempo; de repente mudaram de figura, ganharam nova roupagem. E você: ficou sem identidade, sem chão.

Quer saber? Já aconteceu comigo! Recentemente... Dói... paralisa... Quase engessa... Quase!!! Sei que é lugar comum; mas não custa repetir: Tudo na vida passa! rsrsrs ...inclusive os momentos ruins!! Ainda bem!
Enquanto os momentos ruins não passam e.. de repente, até pra fazer eles passarem mais rápido, que tal colocar em prática algumas dicas legais? Comigo funcionou!

Sendo assim: Enquanto os momentos ruins não passam...


1.Aproxime-se de sua família.
2. Cerque-se dos bons amigos.
3. Renove antigas amizades.
4. Matricule-se em uma academia.
5. Veja bons filmes.
6. Leia bons livros.
7. Assine uma revista que lhe agrade.
8. Corte o cabelo, faça hidratação capilar ou limpeza de pele.
9. Faça as pazes com o salão de beleza e marque horários semanais para manicure e pedicure.
10. Viaje sempre que puder.
11. Experimente novos sabores.
12. Visite aquele restaurante ou lanchonete que você há tempos quer conhecer. 
13. Faça uma viagem.
14. Aprenda a se maquear.
15. Renove o guarda-roupa.
16. Vá ao teatro, ao museu e ao parque de diversões.
17. Ouça muitas vezes e em alto e bom som a sua música favorita.
18. Aproveite cada momento bom e divertido que surgir.
20. Sorria e pocure contentamento nas pequenas coisas.
21. Não se esconda em casa.
22. Aprenda coisas novas.
23. Não se deixe pressionar por ninguém.
24. Seja generosa e paciente consigo memsa.
25. Não perca a fé em Deus

Abços e boa virada, Sal!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O amor incondicional do Pai

Em um dos momentos de maior deserto de minha vida, tive a oportunidade de entrar em contato com a obra de Brennan Manning.
Tendo crescido em um lar genuinamente cristão, era natural que eu conhecesse bem o caráter amoroso de Deus e sua misericórdia infinita. No entanto, não houve lembranças da EBD que me tirassem do poço de medo no qula mergulhei.

Às voltas com um forte vendaval que devastou minha auto-confiança, minhas crenças, certezas e valores; perdi-me no desespero ante à possibilidade de não ter Deus ao meu lado.
Tendo os olhos vendados pela tribulação, chorava noite á dentro, corroída pelo pânico do abandono. Temia que, ante minhas iminentes escolhas, o Deus grande, justo e santo ao qual eu servira até então; não estivesse 100% comigo.
Abba´s child trouxe-me refrigério e consolo celestes. Durante a leitura deste livro, no intuito de inteirorizar e gravar melhor em minha mente o que estava lendo, fichei várias citações preciosas, as quais certamente compartilharei em postagens futuras.

Por hora: "His love is not contingent on our performance"P. 86 Brennan Manning

Bye! Até a próxima

Ass: Sal;beloved by God


segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A felicidade exige valentia... Fernando pessoa

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,


mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.

E que posso evitar que ela vá a falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios,incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e

se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar

um oásis no recôndito da sua alma .

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo.

É ter coragem para ouvir um 'não'.

É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou construir um castelo...



(Fernando Pessoa)

domingo, 17 de janeiro de 2010

A ceia.. sem ritualismos embrenhados de paganismo histórico.

Estive hoje celebrando junto com alguns irmãos a ceia do Senhor.
Culto coletivo abençoado e cheio da graça de Deus e excelente ministração do pastor a respeito da errônea idíea de "santificar" a ceia...
Saí da celebração com um questionamento pertinente: Incrível como muito do cristianismo vivido hoje é, em diversas esferas,  repleto de ações herdeiras dos ritualismos pagãos, de cultos a deuses gregos e práticas satanistas.
Infelizmente, há uma grande parcela de cristãos que crêem na ceia como um instrumento de graça e salvação. Outros, participam da ceia buscando ser "investido" de um poder sobrenatural. E há ainda os que se sentem culpados e condenados se, por motivos justos ou não, forem impedidos de tomar parte no ritual da ceia da comunidade cristã da qual fazem parte. No entanto, estas crenças e práticas, bem como crer que na ceia bíblica, o pão e o vinho se transformam no próprio Deus, são reflexo e herança de rituais das  crenças pagãs dos antigos cultos gregos, quando partes dos animais eram oferecidas aos deuses e aqueles que as comessem durante a cerimônia incorporavam as virtudes e poderes de tais deuses.
Crêem assim também algumas tribos indígenas e algumas culturas guerreiras.
E essa não é a ceia bíblica, ensinada e ordenada por Jesus.

Ora, a ceia é um memorial. Não é um ritual que concede graça, força, poder especial, salvação e vida eterna. Jesus nos disse que o fizéssemos em memória do que Ele faria na cruz por nós.

Sendo assim, celebramos( alegramos, festejamos) a ceia como resultado de uma vida que vive pra Deus e que cumpre, sem obrigações ritualísticas os mandamentos do Senhor.

Celebramos(alegramos e festejamos) a ceia do Senhor por amor a Deus, em cumprimento a uma ordenação de Jesus, para que não nos esqueçamos e juntos sempre lembremos de que Ele nos amou e a si mesmo se deu por nós.

Celebramos a ceia bíblica porque cremos que Jesus é único, suficiente Salvador e que morreu eficazmente uma só vez pelos nossos pecados, não havendo necessidade de nenhum rito adicional. Cremos também que Ele ressuscitou, está à direita do Pai, interecede por nós e nos chama para uma comuhão perfeita, irrestrita e sem intermediários.

Ass: Sal; em busca do cristianismo real, aquele do dia-a-dia, de carne e osso.. sem ritualismos embrenhados de paganismo histórico.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O amor incondicional do Pai

Não há nada como a crença na perseverança eterna, e na imutabilidade da afeição de meu Pai, que possa me manter mais perto Dele - Spurgeon

Sempre busquei a orientação de Deus para tudo o que planejava e em minha mente contava como certa a presença e a benção de Deus em meus planos e sonhos.

Certa vez, me peguei questionando o amor de Deus, sua presença em minha vida e sua proteção. No auge do furacão que se abateu sobre minha vida, uma das coisas que mais me paralisaram e doeram foi o medo de não ter a benção de Deus sobre minha vida.


Entenda-me bem: Meus questionamentos não eram acerca da existência de Deus, ou acerca do seu amor pela humanidade, ou acerca de sua onipotência, onisciência. Nunca duvidei do poder de Deus ou de Sua Palavra que dizia: "Os olhos do Senhor estão em todo lugar; Todas as coisas cooperam para o bem dos que amam a Deus; Ele tem cuidado de vós; olhai as aves do céu e os lírios do campo, etc..

O medo que se apoderou de mim, corroendo-me por dentro, paralisando -me as ações e pensamentos beirou o patológico e mutios transtornos me causou
Às vésperas de tomar uma importante decisão e sofrendo com a possibilidade de que minha escolha fosse rejeitada por Deus, as perguntas pipocavam em minha mente: - Como vou sobreviver? - Como posso acreditar que Deus vai continuar cuidando de mim? E se eu estiver errada? E se eu estiver deliberadamente fazendo o que não lhe agrada? Como posso querer que Ele continue me protegendo?
Muitas dúvidas permearam minha mente e antes que eu pudesse descansar nos braços e no incondicional amor do Pai Celeste, muito tempo se passou, muitas noites foram insones, muitas lágrimas caíram e muitas vezes os joelhos se dobraram, clamando a misericórdia de Deus.



Hoje, depois de passado o vendaval, só posso me curvar e dizer:

- "Senhor, perdoa-me!
Como pude esquecer do teu amor?
Como pude duvidar do teu cuidado?
Como pude temer?
Como pude pensar que não me amavas?
Como pude acreditar que me abandonarias?

Senhor, obrigada!
Tua mão sempre esteve sobre mim!
Teus braços sempre prontos a me abraçar e carregar no colo!
Senhor, tu sempre estiveste presente!'

Senhor, te amo!
Ass: Sal

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

"Não sabemos o que havemos de pedir como convém." (Rm 8: 26)


A maioria dos problemas que nos deixam perplexos em nossa experiência cristã não passa de resposta a orações nossas.

Pedimos paciência, e o Pai nos manda aqueles que nos provam ao extremos; pois "a tribulação produz paciência".

Peduimos submissão e Deus nos manda sofirmentos; pois aprendemos a obediência por aquilo que padecemos.

Pedimos para tirar de nós o egoísmo, e Deus nos dá oportunidade para nos sacrificarmos, pensando nos outros e dando a vida pelos irmãos.

Oramos pedindo força e humildade, e um mensageiro de Satanás vem afligir-nos até que ficamos prostrados no pó, clamando par que ele seja afastado.

Oramos: "Senhor, aumenta a nossa fé", e o dinheiro cria asas; ou as crianças ficam doentes; ou nos chega um tipo de prova até agora desconhecido e que requer o exercício da fé numa situação que é nova para nós.


Oramos para ter a natureza do Cordeiro e recebemos um quinhão de serviço humilde e insignificante, ou somos prejudicados sem que devamos pedir reparação; pois Ele "como cordeiro foi levado ao matadouro; e...não abriu a boca".

Buscamos mansidão, eis que surge uma verdadeira tempestade de tentações para levar-nos à aspereza e irritabilidade.

Desejamos um espírito quieto, e cada nervo do nosso corpo é esticado até à máxima tensão, a fim de que, olhando para Ele, possamos aprender que quando Ele nos aquieta, ninguém nos pode perturbar.

Pedimos amor, e Deus nos envia sofrimentos maiores e nos coloca junto de pessoas aparentemente desagradáveis, e deixa-as dizer coisas que nos irritam os nervos e magoam o coração; pois o amor é paciente, é benigno, o amor não se conduz incovenientemente, nãos e exaspera. O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha.

Nós pedimos para ser semelhantes a Jesus, e a resposta é: "Provei-te na fornalha da aflição." "Estará firme o teu coração?" Estarão fortes as tuas mãos? "Podei vós...?"

Extraído de: Mananciais no Deserto / Lettie Cowman: 13 de Maio

Blog da Sal!

Nunca pensei que fosse tão difícil dar vida a um blog. Pensei eu: - Quero compartilhar o que vai dentro de mim. Quero exteriorizar em um território democrático e aberto minhas mais internas considerações.
O tempo que levei escolhendo o nome e a gravura do perfil quase me fez desistir. Mas, Não!!!
Estava mesmo decidida a exteriorizar o quer vai aqui dentro e prossegui.
 "Sal em aberto"... Sobre o título pairaram muitas dúvidas. Afinal, o que quero dizer mesmo? O que pretendo escrever? Sobre o quê? Como não generalizar? Como não simplificar demais?? Shi!!!
O título pode ser provisório, mas a intensão urgente e permanente é falar do que vier de dentro e do que vier de fora, é falar do encontro, mistura e fusão dessas duas direções.



E a foto do perfil? Só assim a explico: Quando exteriorizo o que sinto, partes do meu coração são compartilhadas e esses fragmentos de mim ao sair se fundem e se mesclam com o exterior.
E o que é de ouro? A possibilidade de receber de volta dentro de mim esses mesmos corações transformados,  repaginados, mesclados, hibridados; enfim: renovados!

Declaro, pois, inaugurado o blog da Sal!
Ass: Sal

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Abro mão dos milagres

Durante muito tempo na minha vida cristã acreditei que como filho de Deus tinha por isto a proteção e a intervenção diária de Deus quando aceitava-o como meu Senhor e Salvador. Acreditava que quando saisse de carro numa viagem, bastava fazer uma oração e com certeza a viagem seria tranquila.

Foi quando comecei a perceber que os cristãos também morriam em acidentes, mesmo depois de ter orado, e digamos, com fé.

Comecei a entender então que o acaso acontece com justos e injusto. Como foi escrito em Eclesiates 9:

"Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao perverso; ao bom, ao puro e ao impuro; tanto ao que sacrifica como ao que não sacrifica; ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento...

Vi ainda debaixo do sol que não é dos ligeiros o prêmio, nem dos valentes, a vitória, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes, o favor; porém tudo depende do tempo e do acaso.

Pois o homem não sabe a sua hora. Como os peixes que se apanham com a rede traiçoeira e como os passarinhos que se prendem com o laço, assim se enredam também os filhos dos homens no tempo da calamidade, quando cai de repente sobre eles" (v. 2,11-12)

A partir daí não consegui conceber em minha mente um Deus que intervem quando quer simplesmente por um designio misterioso. O que não se explica sobre Deus então jogo pra "gaveta" do mistério.

Concordo que nosso pensamento é limitado e até quando digo Deus é amor, só consigo compreender isto até onde eu compreendo o amor. E quando concluo que Deus é amor, preciso entender que Deus está "para além" do meu conceito de amor, ou seja, Deus é amor para além do amor. Mas aquilo que compreendo sobre o amor, aquilo que pra mim é a totalidade do meu conhecimento sobre o amor, este é o meu Deus de amor, e só preciso saber que ele está pra além disto. Este conceito de "Deus para Além de Deus" foi levantado por Paul Tilich.

Dentro deste conceito sobre a intervenção e o milagre de Deus, procurei entender isto até onde a palavra intervenção e milagre representa para mim. Pois sei que quando eu defini-la aqui, ela estará limitada a minha compreenssão, mas sei que a intervenção e os milagres de Deus vão estar pra além das minhas definições.

Procurei entender então porque as vezes Deus cura alguém e não cura outro. Para mim quando Jesus efetuou algum milagre foi para um propósito do Reino de Deus e não o milagre em si. E por isto não se pode discutir o milagre pois ele é apenas um meio para se apresentar algo. Acredito que ele fez isto para mostrar que o Reino de Deus é algo libertador da condição humana a qual estamos vivendo hoje. Sempre que ele fez um milagre ele dava uma palavra pra além do milagre. Não consigo compreender mais o milagre apenas pelo milagre. Mas como disse, Deus está pra alêm da minhas definições.

Por isto abro mão dos milagres e das intervenções divinas. Não quero ter uma melhor sorte do que as pessoas que não "conhecem" a Deus. Não consigo mais conceber Deus me dando uma vida blindada por ele, e ao mesmo tempo as crianças da áfrica estão morrendo aos milhares de fome e aids. Considero isto um egoismo da minha parte porque por um simples designio misterioso eu tenho a proteção divina e estas crianças, que como Cristo disse, são delas o reino dos Céus, não tem esta proteção divina.

O Pr. Ed Renee disse eu seu blog no post: "Como seria minha vida se não acreditasse em Deus":

Além disso, estar sob o cuidado de um superprotetor não é a razão porque acredito em Deus: de fato, abro mão de ser protegido – minha solidariedade com a raça humana não me permite esperar melhor sorte do que a das crianças abandonadas, dos enfermos crônicos, dos miseráveis e vitimados pelas atrocidades dos maus.

Ou Deus protege todo mundo, ou a proteção não serve como fundamento para a crença nele.

Você pode dizer: quem é você para achar que esta é a melhor forma de agir? não é questão de ser a melhor forma. Apenas não quero entrar no avião e ter a melhor sorte através de uma intervenção divina do que as 200 que morreram no dia 17 de julho. Não queria melhor sorte se eu estivesse na praia onde veio as ondas de um tsunami, só por causa da intervenção divina, e ao mesmo tempo ao meu lado outras morrem afogadas. Quero viver este acaso que veio por esta liberdade que Deus nos deu. Ainda que ela possa me matar.

Abro mão dos milagres e das intervenções divinas quando elas forem apenas um fim em si mesma. Mas se ela tem a mesma proposta pela qual Jesus fez as intevenções quando esteve no nosso meio, então elas são bem vindas, pois creio que estes milagres nunca foram com a intenção de ser um fim em si mesmo, mas sim a proclamação do Reino de Deus.

Quero amar a Deus por nada e isto me será tudo.

Esta frase é do Ricardo Gondim e me diz muito. Neste nada, neste afastamento de Deus, para que tenha a liberdade que Ele considerou melhor, eu quero dar graças.

Quando entrar num avião não quero a intervenção dele para que a viagem seja segura. Quero apenas Ele do meu lado como sempre esteve. E que seu amor me conforte quando estiver nas tribulações da liberdade que Ele nos deu. A única intervenção que eu não abro mão foi pela qual Ele se encarnou no nosso meio, e isto Ele fez e nos salvou, pois esta intervenção não é minha apenas, mas de toda humanidade, para que hoje vivamos, ainda que um pouco, o Reino de Deus, que um dia será total.
 
Fonte: foradazonadeconforto

O Avivamento já começou!

Em recente encontro com um querido tio, pastor; homem de Deus, abençoado; pude ouví-lo falar entusiasmado, apaixonado e convicto de que um avivamento estava para se instalar no Brasil. Preocupado com isso, ele ministrava cursos pelo Brasil, falava disso com as pessoas que o cercavam e dizia que mais e mais pessoas seriam atingidas por essa fonda avivalista que inundaria o Brasil nos próximos anos.
Lembro-me bem de que tão somente ouvi e desejei que fosse mesmo verdade; muito embora eu mesma, envolvida em meus atuais dilemas e problemas, não tenha dado a devida importância á tal prenúncio profético.
Ontem, a convite de queridos amigos visitei uma igreja evangélica perto de minha residência. Acolhida de forma amorosa e calorosa, senti-me em casa e peprfeitamente à vontade para adorar ao Senhor Deus e para chorar dolorosas mágoas e tristezas. Senti-me consolada pelo Espírito e pude, maravilhada ouvir com lágrimas nos olhos Deus falando ao meu coraçao acerca de esquecer a fabilidade humana, continuar servindo à Deus com meus dons e talentos e manter Jesus no foco. Ouvi, o pastor condenar o culto às celebridadades cristãs e chamar todos à uma relação cada vez mais íntima e pessoal com Deus.
À noite, vencendo a inércia e a letargia que insistem em me atacar, atendi mais uma vez o convite de uma nova amada amiga e mais uma vez saí de casa para celebrar ao Senhor em coletivo. Louvor abençoado, ministrações que falavam da necessidade de permitirmos que o fluir de Deus inunde nossas vidas e a mensagem bíblica conclamando todos a serem agentes de avivamento no nosso país; orando, intercedendo e vivendo a Verdade do evangelho.
Ao chegar em casa, ouvi minha mãe compartilhar o conteúdo da mensagem bíblica que ouvira durante o culto notuno, na igreja da qual é membro; tema: Avivamento!!
Já impactada pela conjução de fatores, terminei o dia lendo sobre o avivamento inglês em 1904; texto que curiosamente estava estampado na página do dia do meu devocional diário e que ao fim falava de uma nova era que se iniciava, um grande moovimento revolucionário e terminava com os seguintes dizeres: O relógio de Deus bateu as horas; Entra na presença de Deus!

É, tio! O avivamento já começou!

Sobre o avivamento de 1904, o comentarista do devocional colocou: "O Senhor já revelara o segredo para muita gente, antes mesmo de a benção chegar."

E eu digo: O de agora, também! Permaneçamos na presença de Deus Deus e participemos da benção!

Sal

Sem medo...

Não temos medo de pensar. Temos medo de não amar.

Não temos medo de (re) pensar conceitos sobre Deus. Temos medo de não (re) amar como Cristo, quem na realidade não amamos: os mendigos, os pobres, os excluídos, os marginalizados, as crianças africanas, os homens e mulheres de Darfur.

Não temos medo de incertezas. Temos medo que nosso Amor deixe de ser nossa bandeira do Reino de Deus.

Não temos medo de não saber. Temos medo das certezas que prendem Deus a um esquema.

Não temos medo de questionar dogmas. Temos medo de que os dogmas impeçam a transformação de vidas.

Não temos medo do inferno. Temos medo de que nossas mãos se fechem, e não possam ajudar o nosso próximo a sair de sua existência-inferno. Ou pior, que as nossas próprias mãos sejam as quais o empurra para esta existência-inferno.

Não temos medo de devanear teorias loucas. Temos medo que a loucura desse mundo violento cegue nossos olhos a ponto de sempre que pararmos num farol, nesta cidade-sombria, fechemos nossos vidros para a sinceridade dos filhos da injustiça.

Não entendemos como problema sair do molde da teologia sistemática. Temos medo de sistematizar Deus e modela-lo a algum padrão.

Nós não temos medo de chorar por nós mesmos. Nós temos medo de que não mais choremos o choro dos outros.

Não sentimos culpas pelas nossas dúvidas. Mas pedimos que nos lembre sempre de amar como Cristo.

Não temos medo ter uma fé cheia de espelhos em enigmas e despedaçada, que não tem a precisão de uma fé “face a face”. Temos medo de perder o que existe de mais precioso: Amar.

Não temos medo de balançar alicerces religiosos construídos por pensamentos humanos. Temos medo de perder a doçura e a simplicidade de Jesus.

Não temos medo de sermos rejeitados pela instituição. Temos medo da hipocrisia religiosa.

Não temos medo de sermos chamados de hereges. Temos medo de compactuar com o sistema religioso e seus interesses, e esquecermos de amar pessoas.

Não temos a pretensão que nossos argumentos tenham todos os versículos a favor, e assim entrarmos numa guerra de versículos. Temos medo que nós não cumpramos aquilo que Cristo chamou de o resumo da lei e dos profetas: Amar a Deus e ao próximo.

Não temos medo de nos manifestar a favor de alguém. Desde que esse alguém não se esqueça que o conceito central do cristianismo é o amor.

Aprendemos que não podemos ficar presos às amarras da religião e da instituição.

Aprendemos que Deus está acima da religião.

Aprendemos que no Reino não importa o que se pensa, importa o que se ama.

Aprendemos a olhar pessoas como “filhos de Deus”, e amá-las incondicionalmente.

Aprendemos que qualquer um que tenta abrir os olhos de pessoas encabrestadas pela religião, acaba sendo queimado na fogueira da instituição.

Estamos seguros que o Verdadeiro Amor lança fora todo medo, e por isso não temos medo de caminhar com alguém que nos ensina a lidar responsavelmente com a liberdade do amor.

Texto escrito por duas mãos - Lucas Lujan e Suênio Alves

sábado, 9 de janeiro de 2010

Epitáfio

Esses dias têem sido difíceis. Minhas emoções e disposições se misturam e hora me pego com raiva, ou com preguiça, ou triste, deprimida... às vezes, sinto orgulho..às vezes, vergonha... Há momentos em que gostaria de sumir e outros nos quais me sinto portadora de super poderes.
Ah! ser humano ambíguo e complexo !!
Sei que é velha a frase mas: -só sei que nada sei...
Ah! como eu queira saber das coisas.. conhecer o futuro, entender o passado, desvendar corações...
Queria não sofrer.. não amar, não chorar.. Queria ser forte, de verdade...

Mas, não sou. Dói e rasga por dentro.
Me culpo a cada dia por não ter sabido, por não ter visto, por não ter descoberto... por ter sido ingênua, por ter sido boba.
Porque fechei meus olhos? Por que me acomodei? Por que não confrontei, não briguei, não impedi? Por que?
Me penitencio por ter escolhido tal caminho, por ter escolhido tal pessoa, por ter vivido tanto tempo à margem e de forma medíocre e bem abaixo das expectativas que sonhei pra mim no começo.

Sou realista e vejo que perdi tempo. Podia ter vivido mais, plantado mais...
E agora? O que é que tenho pra colher? Negligenciei a carreira, os amigos... a mim mesma...
Morri!
Sal

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Estamos mesmo certos?

Ultimamente tenho questionado muito... Será que tudo que aprendi até então é mesmo a verdade?
Cresci em um meio cristão. Aprendi desde cedo a valorizar os ensinamentos bíblicos, os valores familiares e uma série de condutas ditas certas e louváveis. Há pouco tempo, mudanças em minha vida me fizeram perceber que certos valores que até então; eu, minha família e amigos considerávamos imutáveis, podiam sim, ter um novo significado.
Tudo bem; tá tudo ok! Todo mundo concorda; mas... será que estamos certos? E o que críamos antes? Sempre fomos fiéis. Buscávamos a vontade de Deus e descansávos na crença de que estávamos fazendo o que era certo.  E então? O que mudou? Deus mudou? A Bíblia mudou? O que era errado, agora é certo? É tudo relativo? Deus trata cada caso de maneira diferente? Somos indivíduos e é assim que Deus trata conosco; de maneira individual?
É inquietante... mas me parecem questionamentos pertinentes!
Você já se perguntou, quanto do que você sabe, crê, procura viver, ensina a outros e defende com unhas e dentes é mesmo a expressão da verdade? Essa inquietação tem me corropído por dentro. Cada vez que paro e penso, me lembro do ardor do apóstolo Paulo, ainda Saulo, perseguindo em nome de Deus os cristãos, por ele julgados infiéis.
E nós? Que verdades temos defendido? Sobre quais bases temos vivido?? O que nos ensinaram é mesmo a representação da verdade?
Entenda-me bem. Não pretendo negar minha fé. Não duvido da existência de Deus. O que não quero é viver enganada. Quero viver plenamente minha fé. Quero ter certeza de que o que prego e procuro viver não é fruto de convenções e ajustes humanos. Quero A verdade! A Bíblia que considero a Palavra de Deus me lembra: Meu povo é destruído por falta de conhecimento.Oséas 4:6 (NIV) 
Sem respostas ainda.. prossigo buscando, questionando, argumentando.. Com certeza, eu volto e escrevo mais sobre isso!
Abços,
Sal