Sol e lua: um encontro impossível!

E assim foi...

Separados por um fio de espaço tivemos uma das conversas mais tristes e mais bonitas de que já se ouviu falar!

Relembramos bons momentos e falamos da nossa

admiração mútua. Você disse que me queria bem e que me desejava sempre o melhor. Você disse que vibrava com minhas conquistas e que se preocupava comigo. 

Eu entendi bem? Você disse que me amava! Foi isso que eu senti!

Mas eu é que devia há muito ter lhe dito isso!

Eu disse alguma vez? Será que eu me fiz entender?

Talvez não...

Mas por fim; conversamos.... e ficou claro a extensão do que eu sentia, do que você sentia e do quanto do melhor de nós era doado em cada toque, cada gesto, cada palavra, cada sorriso. 

Por fim, você e eu concordamos: O que nos une é profundo, diferente, mágico e especial! ... e tudo foi muito bom!

Trocamos largos sorrisos, cúmplices olhares, puros carinhos e partilhamos por um longo tempo boa parte de nossas vidas.

Certamente não toda a nossa vida!

Infelizmente um pedaço de nós nunca pôde se juntar...

E enfim você disse o que nós dois já sabíamos: Não podemos seguir juntos!

 

Então doeu e eu chorei... 

Chorei pela impossibilidade, pela incapacidade de transformar a realidade e pela constatação do que se desfazia ali! 

Eu disse que não queria o fim;

Contei que você povoa meus pensamentos quando acordo e me levanto; 

Disse que você já morava nos meus sonhos e planos de futuro;

Falei que já me era difícil viver sem você!

Sim! Tudo isso eu falei!

 E ficamos ali, em silêncio, abraçados...

Haveria um jeito mágico de transformar nossa realidade?

Eu queria lutar, argumentar e defender esse amor, mas meu coração se deteve agarrado à razão!

Diante da realidade, com o coração doído, enxuguei as lágrimas, ainda amparada por seu carinho e me rendi aos fatos:

 Você é terra, eu sou ar!

Você é céu, eu sou mar!

Você é sol, eu sou lua!

Você é inverno, eu sou verão!

Você é de lá e eu de cá!

 Será que um dia a gente ainda vai se encontrar?

Ass: Sal, que é ar, mar, lua e verão!