segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Meu pai!

É inevitável, depois de mais um dia dos pais, que eu não me sinta impulsionada a escrever sobre o assunto.
O meu pai foi um homem especial.
Simples, trabalhador, com pouco estudo, bem-humorado.
Me lembro muito bem dos assobios alegres durante a maior parte do tempo.
O português não era exemplar, mas as palavras eram sábias!
Meu pai estudou pouco, mas viveu muito.
Sabia mais da experiência do que dos cadernos
Era músico, militar: trombonista. Foi lutador de judô e jogador de peteca. Ambos em nível de competição.
Contava histórias da infância e ensinava sobre gratidão e trabalho.
Era de prosa fácil e fazia amizades em qualquer lugar.
Não tinha luxo e não tratava com diferença quem o tivesse.
Gostava de comidinha caseira e chateava-se por esperar em restaurantes.

Era temente a Deus e fazia suas orações pela manhã e à noite ajoelhado á beira da cama. Lembro-me muito bem também de que ele, sem camisa, se cobria com o lençol da cama durante as preces.
Meu pai evitava palavras obscenas, palavrões ou qualquer outro verbete menos adequado. E nos corrigia com veemência se nos descuidávamos no linguajar.
Providenciou para mim e minhas irmãs petecas, bolas para variados esportes, mesa de Ping-pong e redes de vôlei e sempre nos incentivou na prática de esportes.
Ficava triste quando eu e minha irmã brigávamos e era muito doce ao nos repreender.
Lembro também que era bastante cuidadoso ao nos acordar, sempre tranquilo e calmo.

Fazia "hora" com minha mãe aproveitando-se de sua personalidade mais ativa, para logo depois acalmar-lhe fazendo exatamente o que ela tinha pedido ou mostrando que o que ela pedira já estava feito. Era realmente bem-humorado!
Vestia-se com elegância o domingo e partíamos para a igreja. Tocava na banda e acompanhava o coral e os hinos congregacionais. Aprendi com o exemplo do meu pai a importância de servir com os talentos que Deus nos dá.
Tratava nosso amigos com tamanha simpatia que todos gostavam de freqüentar a nossa casa. Organizava partidas de futebol com nossos amigos adolescentes e era um daqueles pais legais da turma!
Era um ser humano em toda a sua essência. Era muito gente!! Era especial!

Deus levou para si o meu pai!
Sinto saudade e fico imaginando o quanto seria maravilhoso se ainda estivesse por aqui!
Queria muito que a minha filha o tivesse conhecido! Que avô fantástico ele seria!
Há também coisas que faço hoje, nas quais eu imagino meu pai sentado olhando, assistindo e vibrando!
Quando ele era vivo; Conversávamos sobre a  música e os planos para o futuro! Faltou ele me ver tocando na Orquestra Sinfônica de Minas Gerais: nosso sonho!
Ah! Se ele pudesse ver... Tenho certeza que estaria orgulhoso e feliz!
Feliz dia dos pais, Pai!
Obrigada por tudo!

Ass: Sal. Que sente saudade do pai...



2 comentários:

Jary Santos disse...

Fiquei realmente emocionado, convivi realmente com ele pouco tempo, mas momentos intensos. Saudade é pouco...
Jary Alves

Sal disse...

Obrigada, Jary!! Papai deixou saudade...e fico feliz em constatar sempre que não só pra mim ele foi uma venção! Abraços!!!