O sentimento de culpa, está relacionado ao arrependimento por algo que fizemos. É aquele grilo falante que aparece depois de um acontecimento.
Essa consciência serve para nos lembrar que fizemos algo que vai contra os valores e objetivos de vida que construímos como ideais pra nós.
A culpa pode ser uma oportunidade para lembrar-nos daquilo que preservamos, daquilo que tem significado pra nós e daquilo que nos define enquanto indivíduos.
Às vezes você comete um erro e se sente muito culpado por isso. Por quê? Pode ser, que enfim, tenha descoberto que provavelmente é uma pessoa diferente daquela imagem de ser que você construiu. Os valores e objetivos de vida que você definiu pra servirem de norte pra sua vida estão parecem, diante dessa nova realidade diferentes distantes e desalinhados com a realidade que você está vivendo.
Por vezes todos nós fazemos coisas que não gostamos, vindo mais tarde a sensação de arrependimento e a culpa.
De nada serve chorar sobre o leite derramado, o que importa é o que a gente faz com isso, e o que esse acontecimento lhe diz acerca de si e orienta-o agora alinhado com aquilo que você pretende ser. Por isso, a ideia é focar agora a sua atenção naquilo que pretende viver.
A culpa te chama para uma escolha de valores. É a escolha entre manter intactos os valores que você acreditava que eram ideais pra você e construiu ao longo da vida ou reprograma-los e adequa-los pra seguir a sua vida. Essa é a decisão mais difícil. O que você quer que permaneça?
O quão importante é o que você sempre julgou importante?
Qual é realmente o valor daquilo a que você sempre deu valor?
Quem define o valor das coisas? Quem define o valor dos valores? O que é o certo é o errado?
E os ideais de amor, justiça, retidão, honestidade, fidelidade, bondade, integridade? Quais os limites desses valores? O que define o quão bom, honesto, justo, íntegro, correto cada um de nós é? Eu? Você? A sociedade? A família? Os amigos?
Aprendemos muitas coisas na infância, em casa, na escola e na igreja. Enquanto crescemos, os encontros que tivemos ao longo da construção do nosso ser vão nos moldando e assim construímos nosso ideais e valores daquilo que julgamos ser o ideal pra nós.
Acontece que as pessoas não são estáticas, fixas, imutáveis. Somos seres humanos sujeitos e expostos aos mais diversos tipos de contatos diariamente. E esses "encontros" nos modificam. Nos mudam.
Isso é perfeitamente normal. Mudar é saudável. A vida e nós humanos somos dinâmicos.
Enfim; a culpa pode ser boa quando ela nos alerta e nos freia a fim de não nos destruirmos ou destruirmos o outro. Ela ajuda você a se controlar.
Mas ela pode ser também destrutiva quando ela te paralisa e interfere na maneira como você interage com aqueles que lhe são caros.
Quando a culpa permanece por muito tempo; está fora de controle, ela dominou você.
Quando ela impede que você progrida, caminhe e quando ela atrapalha a sua vida prática, ela precisa ser trabalhada.
Há coisas que realmente fogem do nosso controle. E se não podemos lidar ou não sabemos como lidar. Se estamos paralisados... Não vejo outra solução a não ser procurar ajuda.
Conversar com amigos, um parente mais sábio que nos pode ajudar.
Há ainda casos em que a terapia psicológica se faz necessária.
E pra aqueles que, como eu, tem o costume de confiar em Deus, o viés da fé pode ser totalmente eficaz.
Acredito fortemente que Deus está plenamente interessado em cuidar e tratar de corações e mentes que sofrem atormentadas pela culpa. E Ele é um médico extremamente eficiente. Marque uma consulta! :)
Ass: Sal, que já entendeu os limites e possibilidades de ser quem é... Que lida bem com isso e que foi tratada da culpa.
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